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Abiquim aborda desafios da indústria química em seminário da Comissão de Indústria, Comércio e Serviços

Quarta-Feira, 06 de Dezembro de 2023

Foto: Abiquim/Divulgação



“A química é uma indústria estratégica, viabilizadora de outras cadeias setoriais. Ela não tem somente um potencial, ela já é uma grande potência, mas está em risco, desencadeado sobretudo, pelos desafios da atual conjuntura internacional.” A declaração foi feita por Eder da Silva, gerente de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, no Seminário ‘Reposicionamento das cadeias globais de valor - Indústria, Comércio e Serviços’, evento promovido pela Comissão de Indústria, Comércio e Serviços (CICS), da Câmara dos Deputados, no dia 29 de novembro de 2023, em Brasília.

 

Hoje, segundo Silva, o Brasil está inundado por importações, sobretudo vindas de países asiáticos com competitividade artificialmente sustentada em matérias-primas russas adquiridas com preços favorecidos em razão da guerra no leste europeu, além da pressão inflacionária nos EUA, da desvalorização do Euro e do Dólar e do aumento das incertezas internacionais. “Em meio a esse ambiente, diversos países desenvolveram planos de investimentos expressivos para estimular suas economias, em grande parte com contrapartidas ambientais. Precisamos seguir esses exemplos.”

 

Como resultado, continuou Silva, além do volume de produção cair para o menor patamar dos últimos 30 anos, a ociosidade média da capacidade instalada do setor, chegou a 35%, o que gera grande preocupação, em especial porque representa elevação dos custos unitários de produção, piora na produtividade e na eficiência das plantas. “Mantido esse quadro, o setor corre o risco de fechamento de plantas, além de desemprego. O Governo Federal também está perdendo - a receita decorrente de pagamentos de tributos por parte da indústria química diminuiu R$ 6 bilhões de janeiro a setembro de 2023.”


Por outro lado, o gerente da Abiquim, disse que o Brasil tem grandes oportunidades, já que possui as principais vantagens comparativas que são importantes para o desenvolvimento de uma indústria química robusta: abundância em matérias-primas básicas, tanto provenientes do gás natural, como da biomassa e da mineração, um mercado consumidor e interno que por si só já justifica o crescimento, além da matriz energética mais limpa do mundo. 

 

Entre outros destaques da sua participação, Silva apresentou as duas agendas da indústria química - uma emergencial, com foco na Agenda Tarifária, Estímulo às Exportações e Defesa Comercial, cujo objetivo é viabilizar a retomada do uso da capacidade instalada a níveis necessários para a manutenção das operações das plantas industriais químicas brasileiras e mitigar o atual surto de importações,; e outra agenda estruturante, visando a Desoneração da Produção, Sustentabilidade e Comércio, cuja meta é atrair investimentos produtivos com base nas oportunidades de demanda e nas vantagens comparativas do Brasil, alavancando a geração de valor para a sociedade e para a economia do país como um todo!

 

O evento, cujo objetivo foi debater o reposicionamento das cadeias globais de valor do Brasil em um contexto mundial marcado por crises e desabastecimento, contou ainda com a presença de Heitor Schuch, presidente da CICS e deputado federal (PSB/RS); Felix Mendonça Júnior, presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômicos (CDE) e deputado federal (PDT/BA); Samantha Cunha, gerente de Política Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI); José Velloso Dias Cardoso, presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq); Fabrizio Panzini, diretor da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham-Brasil), Humberto Barbato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletroeletrônica (Abinee); Bruno Leite, chefe da Divisão de Promoção da Agricultura do Ministério das Relações Exteriores (MRE); Rosilda Prates, presidente da P&D BRASIL; Paulo Gala, professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EESP/FGV); Marcos Augusto de Abreu, gerente de Estudos e de Comércio Exterior da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea); e Golbery Luiz Lessa de Moura, chefe de Divisão de Planejamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).

 

Para assistir o evento na íntegra, clique aqui

 

Esclarecimentos sobre o tema podem ser obtidos com Eder da Silva, pelo e-mail  eder.silva@abiquim.org.br.