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Abiquim traz debate sobre sustentabilidade na cadeia logística em segunda live de comemoração aos 30 anos do Atuação Responsável

Segunda-Feira, 04 de Julho de 2022


No dia 28 de junho, a Abiquim realizou a live “Estratégias, tecnologias e práticas sustentáveis na cadeia logística da indústria química”. O evento gratuito integrou uma programação especial que a Associação vem promovendo em comemoração aos 30 anos do Programa Atuação Responsável ® no Brasil.

 

Participaram do encontro virtual, Andréa Carla Cunha, Diretora de Assuntos Técnicos da Abiquim; Maartje Elise Driessens, Business Development do Porto do Açu e Porto de Antuérpia-Bruges Internacional; Marcelo Schmitt, Gerente Geral da Stolthaven Terminals Brazil; Sergio Sukadolnick, Relações Institucionais da Ceslog; Hélio Matias, Vice-presidente da Ambipar Logística e Camila Affonso, Sócia da Leggio Consultoria.

 

Na abertura do evento, Andréa Carla Cunha lembrou da realização do último Congresso do Atuação Responsável no formato presencial, em 2018, que reuniu cerca de 600 participantes e palestrantes em torno de uma rica agenda sobre os pilares do programa - saúde, segurança e meio ambiente e destacou a expectativa da organização do evento para este ano, em formato híbrido.

 

“Como não pudemos celebrar a 18ª edição em 2020, comemorar em 2022, os 30 anos do Programa no Brasil é uma alegria ainda maior. Por isso planejamos não apenas um evento, mas uma jornada de 13 encontros sobre diferentes temas e o de hoje é o segundo deles. Em sua maioria, eles serão realizados de forma virtual e, quando possível, de forma híbrida, sendo que em 5 de outubro, esperamos encontrar todos presencialmente para celebrarmos esse aniversário, bem como debater os constantes avanços do setor, demonstrados pelos Indicadores de Desempenho do Programa AR®, reiterando a importância da iniciativa e o seu impacto positivo em toda a cadeia industrial”.

 

Maartje Elise Driessens compartilhou experiências na área de logística na gestão dos Portos do Açu e Antuérpia-Bruges. “Sair de um modelo tradicional e diversificar para um modelo mais circular e sustentável é a grande tendência e é exatamente nisso que estamos trabalhando”, afirmou. Tomando como referência o Porto de Antuérpia-Bruges que, segundo Driessens, tem um papel importante para a economia da Bélgica - já que ele representa cerca de quase 5% do PIB e é responsável por 160 mil postos de trabalho -, eles já estão desenhando o Porto Açu Green, no Rio de Janeiro – uma plataforma de negócios sustentável do futuro, que será capaz de reunir no Porto do Açu, geração de energia e produção de hidrogênio verde, além de permitir o consumo industrial.

 

“A parceria estratégica com o Porto de Antuérpia-Bruges Internacional trouxe não só investimento em equidade para o Porto do Açu, mas também cooperação multidisciplinar e intercâmbio de boas práticas em diversas áreas, como o desenvolvimento portuário sustentável”, ressaltou a diretora de desenvolvimento de negócios internacionais.

 

Dentro do tema “Modernização de Terminais Portuários e Embarcações”, Marcelo Schmitt afirmou que os investimentos no setor são concentrados em segurança, sustentabilidade e produtividade e que novas tecnologias – como IoT (internet das coisas) + 4G, 5G e banda larga; I.A. (inteligência Artificial) e combustíveis e energias “verdes” têm permitido esse avanço. Nos terminais portuários de granéis líquidos, por exemplo, o gerente geral da Stolthaven citou a inspeção de tanques por robôs em espaços confinados, drones para leitura de temperatura do ar no topo dos tanques para monitoramento de possíveis fugas furtivas de vapor, motores marítimos com novos combustíveis (H2 verde, híbrido elétrico, GN, etc) e sistemas de navegação autônoma.

 

Já Sergio Sukadolnick falou sobre a importância de integrar os modais para tornar o transporte mais eficiente, levando em consideração a atuação de cada modal e principalmente a parte em que ele é sustentável, tanto economicamente como para o meio ambiente. Entre as operações que a Ceslog realiza, ele explicou no detalhe todo o processo do transporte por cabotagem – desde a coleta, estufagem da carga, até a entrega na planta do cliente. “Dentro desse contexto, hoje participamos de um comitê de usuários que é gerido pela Associação Comercial de São Paulo que, por sua vez, está promovendo estudos para tornarmos o Porto de Santos num hub internacional. “Quando há uma concentração de cargas em um porto como hub, é possível retornar com carga para outro porto hub. Esse processo comporta navios maiores com custos marítimos menores, envolvendo inclusive um intercâmbio comercial mais ajustado”, relatou Sukadolnick.

 

Para reduzir emissões de CO2 no transporte terrestre, Hélio Matias destacou o Projeto Corredor Sustentável do Grupo Ambipar. “Após desenvolvermos estudos durante 90 dias, o resultado mostrou que caminhões movidos a diesel, na sua vida útil, emite 2022 toneladas de CO2 enquanto o caminhão a gás, nas mesmas condições, emite 202 toneladas. Estamos falando de uma redução que chega a 90%, ou seja, um caminhão a diesel polui tanto quanto 10 caminhões a gás”, relatou o vice-presidente da Ambipar Logistics, completando que a empresa já adquiriu 10 unidades da Scania, única montadora fabricante de caminhões a gás para o segmento extra pesado. “Corredor lembra caminho, então queremos ser o caminho para que pessoas, sociedade e indústria sigam este caminho da sustentabilidade, especialmente no campo logístico”, comentou Matias, justificando o nome do projeto.

 

 O último painel do evento ficou à cargo de Camila Affonso que fez um balanço das apresentações e pontos centrais com direcionamento das perguntas aos participantes.

 

Para assistir o evento na íntegra, clique aqui