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Logística é pauta da Abiquim em encontro da Asociación Petroquímica y Química Latinoamericana

Terca-Feira, 07 de Junho de 2022

Painel foi conduzido por Ciro Marino                               Foto: Divulgação


No dia 1º de junho, a Abiquim realizou o painel “Logística: Desafios Atuais e Caminhos para o Desenvolvimento da Química no Brasil” no 24º Encontro Latino-Americano de Logística da Asociación Petroquímica y Química Latinoamericana (APLA) que aconteceu no Sheraton São Paulo WTC Brasil, em São Paulo, entre os dias 31.05 e 02.06.

 

O painel, promovido em parceria com a APLA, contou com a participação de Alexandre Ywata, secretário de Desenvolvimento da Infraestrutura da Secretaria de Produtividade e Competividade (SEPEC) do Ministério da Economia; Dino Antunes, diretor do Departamento de Navegação e Hidrovias da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA) e Camila Affonso, sócia/fundadora e responsável pela área de assessoria de investimentos, infraestrutura  e operações de supply chain da Consultoria Leggio.

 

Em uma breve apresentação, Ciro Marino, presidente-executivo da Abiquim, ressaltou que o painel é parte das comemorações dos 30 anos do Programa Atuação Responsável ® no Brasil e que além de logística, outros temas relativos a ESG, ODSs e sustentabilidade como um todo serão trabalhados com a realização de diversos eventos online até o dia 05 de outubro, data em que será realizado no Novotel, em São Paulo, o Congresso de Atuação Responsável.

 

Marino também agradeceu Manuel Díaz, presidente da APLA, por ter aberto um espaço tão importante e fundamental para que o Brasil possa dar sequência a um programa integrado à América Latina e, sobretudo por criar um fórum apropriado para discussões construtivas no sentido de gerar o melhor ambiente de negócios pra toda a indústria. 


Alexandre Ywata: R$ 860 bilhões de projetos contratados   Foto:Divulgação


No primeiro bloco, cujo tema foi ‘Investimentos e impactos da agenda de infraestrutura logística na economia do Brasil’, Alexandre Ywata afirmou que a premissa básica do governo é promover projetos de infraestrutura sustentáveis e que tenham total viabilidade financeira. E para que um projeto seja aprovado, ele é submetido a uma análise de custo x benefício, totalmente alinhado às necessidades da sociedade, como rege o Decreto nº 10.526, assinado em 2020, em que foi instituído o Guia ACB - Análise Socioeconômica de Custo-Benefício de Projetos de Investimento em Infraestrutura – e o Comitê Interministerial de Planejamento da Infraestrurura, que é justamente a união de vários ministérios, em prol desse mote da infraestrurura sustentável e de qualidade.

 

E para conferir maior transparência às ações do governo e facilitar o diálogo com a sociedade civil, empresas, academia e órgãos multilaterais atuantes sobre os diversos setores econômicos, além de oferecer informações aos usuários e investidores interessados, o secretário afirmou ainda que foi criada a plataforma Monitor de Investimentos (www.gov.br/investimentos). “Desde 2019, foram R$ 860 bilhões em projetos contratados. Temos ainda R$ 460 bilhões em projetos em fase final de curto prazo”, pontua Ywata.


Dino Antunes: foco no afretamento de embarcações Foto: Divulgação


Um dos destaques da palestra de Dino Antunes, ‘Sinergia da agenda nacional de infraestrutura e da agenda logística estratégica’, foi o trabalho em torno da Lei BR do Mar, que segundo ele, teve como objetivo aumentar a possibilidade de concorrência no setor de cabotagem e a manutenção do poder naval, no sentido de mitigar as intempéries que vêm do mercado internacional de navegação marítima, salientando o quanto ele é extremamente volátil.  

 

Antunes explicou que a regulamentação da Lei, além das melhorias do próprio projeto que nasceu em 2019, o coração do BR do Mar é alterar as possibilidades de afretamento de embarcações no âmbito da navegação de cabotagem, especificamente.

 

Tais alterações envolvem desde casos comuns até a criação de várias hipóteses, onde as empresas de navegação poderão entrar na cabotagem, sem mesmo ter embarcações próprias, fazendo afretamento a tempo de embarcações. Como ele explica, são os chamados contratos de longo prazo – como as operações especiais de cabotagem e a construção de embarcações tanto dentro ou fora do Brasil. “A possibilidade de substituição de embarcações em construção por outras a tempo e, por fim, a manutenção de lastro de embarcações próprias são outras dessas hipóteses. Em comum, todas são um incentivo para que exista frota de embarcações de bandeira nacional, além de mitigarem a exposição do mercado brasileiro à navegação internacional”, conclui o diretor, dizendo que o governo já tem algumas sinalizações de empresas interessadas nestas novas hipóteses de afretamento assim que o programa entrar efetivamente em validade, regulamentação prevista para o mês de julho deste ano.


Camila Afonso: ampliação da multimodalidade                  Foto: Divulgação


A última palestrante do painel, Camila Affonso, apresentou o tema ‘Sinergia da agenda nacional de infraestrutura e estratégia logística da Indústria Química’, ressaltando o trabalho que a Abiquim vem conduzindo desde 2014 no sentido de se organizar e se posicionar de forma técnica acerca das necessidades da indústria química, entre elas do ponto de vista logístico e de infraestrutura.

 

Ela mencionou os estudos que a entidade vem fazendo desde 2014 com o propósito de elucidar para o setor a movimentação de volumes e os principais fluxos, inputs essenciais, segundo a consultora, quando se fala de desenvolvimento de infraestrutura. “A relevância da química na geração de PIB nacional, caracterizada como indústria de base, precisa de uma atenção importante dentro dos projetos que o governo vem promovendo. Estamos falando de um segmento que movimentou 202 milhões de toneladas em 2020, entre suprimentos, importação e exportação, incluindo fertilizantes.”

 

Camila Affonso explicou que esse posicionamento da Abiquim está sempre atrelado às premissas do setor químico como um todo e que todos os pleitos que ela promove – 85 até então – estão apoiados na segurança, na sustentabilidade, na sinergia e no compartilhamento entre outras cadeias de outros produtos. E acrescentou ainda que os principais objetivos da Agenda Estratégica da Logística da Indústria Química é melhorar ao máximo a competitividade logística, promover o maior equilíbrio na matriz de transporte e, naturalmente ampliar a multimodalidade. 


Para os que não puderam acompanhar ao vivo o painel, basta clicar aqui para ter acesso à integra das palestras.

 

Em breve a Abiquim divulgará a agenda das ações de comemoração dos 30 anos do Programa Atuação Responsável ® no Brasil. Informações para cotas de patrocínio do Congresso Atuação Responsável podem ser obtidas com Fernando Tavares, assessor de marketing da Abiquim, pelo email:  fernando.tavares@abiquim.org.br