APOIO:

ANUNCIE

AQUI

Home > Notícias Abiquim
Notícias Abiquim

Seminário Abiquim de Tecnologia e Inovação destaca estratégias corporativas para economia de baixo carbono e competitividade internacional

Segunda-Feira, 18 de Outubro de 2021

Evento prossegue nesta quinta com painéis sobre Circularidade e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável





O segundo dia do Seminário Abiquim de Tecnologia e Inovação foi marcado por exemplos da estratégia corporativa em direção à economia de baixo carbono, e por um alerta importante: o Brasil tem uma oportunidade única de promover a recuperação econômica de modo a priorizar investimentos em setores e tecnologias mais eficientes no longo prazo, como fizeram EUA e Alemanha como resposta à crise causada pela pandemia. Os exemplos de sucesso foram apresentados por representantes da Solvay e da Basf. O aviso foi dado por Alexandre Kossoy, especialista sênior em finanças do Banco Mundial, que abriu o segundo dia do evento falando da visão da instituição sobre sustentabilidade e competitividade.

 

“No caso da Alemanha, grande parte dos recursos foi para transporte elétrico, energia renovável e hidrogênio. Combustíveis fósseis não receberam recursos. Ou seja, recursos públicos estão sendo usados para recuperar a economia e facilitar a transição energética”, afirmou Kossoy. Ele enfatizou o papel da crise climática como catalisador do processo de transição energética. “Em países em desenvolvimento, a perda de infraestrutura por eventos climáticos adversos chega a 400 bilhões de dólares por ano. No Brasil, essa perda é estimada em 175 milhões de dólares todos os meses.”

 

Segundo ele, são vários os riscos de o País protelar políticas públicas que facilitem a transição para a energia de baixo carbono. “Além dos riscos físicos, como a perda de infraestrutura, existem riscos regulatórios, à medida que os países tendem a impor barreiras de importação e até sanções para dar competitividade ao seu investimento verde. Também devem ser considerados os riscos reputacionais, que impactam o acesso a mercados consumidores e ao funding internacional, e o risco da transição tecnológica, isto é, investir em tecnologias que se tornarão obsoletas em breve”, explicou.

 

Para o especialista do Banco Mundial, a precificação do carbono é uma política pública fundamental, e uma das maneiras mais eficientes de se internalizar e monetizar o custo social e ambiental das emissões de GEE. Segundo ele, os mecanismos já implementados cobrem juntos 21% das emissões globais. “A precificação comprovadamente direciona capital e investimentos para tecnologias mais resilientes e eficientes, resultando em inovação, criação de empregos e redução de emissões.”

 

Para a diretora de Assuntos Técnicos da Abiquim, Andrea Carla Barreto Cunha, não se pode esquecer que, além de uma agenda ambiental importantíssima, um sistema de comércio de emissões é também uma agenda de competitividade para o setor produtivo brasileiro. “A economia de baixo carbono já é uma realidade. A indústria brasileira só sobreviverá se incorporar esta realidade.”

 

O Seminário Abiquim de Tecnologia e Inovação continua nesta quinta-feira (21/10). Às 9h será realizado o painel Desafios e soluções tecnológicas para a economia circular, tendo início com a palestra Os desafios tecnológicos e regulatórios da reciclagem química de Christoph Gahn, vice-presidente de Circularidade e Sustentabilidade de matérias-primas petroquímicas da Basf, seguido de uma mesa-redonda com Liza Bevilaqua, gerente sênior de Assuntos Científicos & Regulatórios da Nestlé; Luiz Falcon, líder da plataforma de tecnologia & inovação em reciclagem da Braskem; Paulo Coutinho, gerente do Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos e Fibras; e Richard Haldimann, gerente de transformação para sustentabilidade da Clariant. A moderação será de Rodolfo Viana, gerente de Sustentabilidade América do Sul da Basf.

 

Logo em seguida, às 10h, acontece o painel Contribuições da indústria química brasileira aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com a palestra Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no centro da estratégia organizacional, de Ulisses Sabará, presidente da Química Sabará. A mesa-redonda que segue terá a participação de Anna de Souza Aranha, diretora da Quintessa Aceleradora; Claire Sarantopoulos, diretora geral de Inovação do Instituto de Tecnologia de Alimentos; Juliana Pantalena, gerente global de Marketing em Crop Solutions da Oxiteno; e Nei Arruda, líder de Sustentabilidade em nutrição animal da Evonik. A moderação será de Paulo Itapura, diretor América Latina de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Sustentabilidade da Clariant.

 

O Seminário tem como patrocinadores: Additiva Químicos, Arkema, Braskem, Elekeiroz, Grupo Sabará, Ceslog e Oxiteno e apoio institucional da ABIT, CEBDS, COFIC, COFIP ABC, FIESP, NEITEC, Instituto Senai de Inovação em Engenharia de Polímeros, Senai, Sinproquim e Sociedade Brasileira de Química.

 

Acompanhe o Seminário Abiquim de Tecnologia e Inovação 2021: https://eventials.com/abiquim/